terça-feira, 18 de setembro de 2012

Padre faz abaixo-assinado para remover promotora


Um abaixo-assinado pretende remover a promotora Lucy Antoneli da comarca de Mulungu, cidade a 110 km de Fortaleza. O autor da ideia, o padre Marcos Freitas, da Paróquia de São Sebastião, está insatisfeito com as ações de Antoneli. Segundo o religioso, ela “chegou a dizer para muitos que não queria procissão” e teria tentado impedir um bingo beneficente que arrecadaria fundos para a reforma da igreja.
O abaixo-assinado começou a circular entre os fiéis no sábado à noite, 15, último dia das festividades em homenagem à co-padroeira Nossa Senhora das Dores. De acordo com o pároco, ele propôs a coleta de assinaturas do altar, e as pessoas que compareceram à missa teriam aplaudido a iniciativa.
Na manhã daquele mesmo dia, nas palavras de Freitas, policiais foram convocados pela promotora para impedir o bingo de um tablet que a paróquia realizava. “Chegaram dizendo que ela (a promotora) tinha proibido”, relata. Entretanto, naquele momento, o bingo beneficente já havia terminado.
“Eu estou tentando fazer o bem para o povo”, destaca. A paróquia, de 117 anos, não passa por uma reforma há 70.
 
Procissões
Para Freitas, as procissões católicas também seriam alvo da promotora. Nas ocasiões em que há os eventos católicos principais do município - em janeiro, louvando ao padroeiro São Sebastião; e este mês, em graças à Nossa Senhora das Dores - as procissões não deixaram de acontecer. “Se ela mandar algum documento contra a procissão, eu rasgo e faço do mesmo jeito. Se quiser me prender, pode me prender”.
O padre tem uma sugestão para a suposta perseguição religiosa: Antoneli é evangélica. “Eu acho que ela deveria ser neutra”, considera. Depois que ele lançou o abaixo-assinado, mesmo fiéis protestantes teriam sido favoráveis à decisão.
“O diálogo é a melhor coisa que existe, mas ela não me convoca para conversar. Nós queremos aqui em Mulungu alguém que conheça a história do lugar e tenha compaixão do povo pobre”, conclui.
 
Contravenção
Antoneli se disse surpresa com os boatos que circulam sobre o abaixo-assinado para sua saída. Na manhã do dia 15, os policiais estariam encarregados por ela a recolher cartelas para se verificar quem fazia a organização do bingo. Segundo Antoneli, deve ser instalado um procedimento criminal contra os responsáveis da paróquia por se tratar de uma contravenção ainda que seja beneficente.
Ela nega que o MP, através dela, tenha feito qualquer recomendação contrária aos festejos religiosos da cidade. Houve apenas uma reunião entre ela e a Prefeitura de Mulungu para que se evitasse o uso político da festa de encerramento das homenagens à padroeira.
“Eu sou evangélica, mas eu, como evangélica, nunca tomei atitudes para impedir atividades católicas. Até porque não é função do MP”, diz. Ela afirma que o padre nunca a procurou para conversar sobre o assunto.

ENTENDA A NOTÍCIA
O bingo, feio pela paróquia de São Sebastião, em Mulungu, teve o objetivo de arrecadar fundos para a reforma da igreja, da casa paroquial e de seu salão que não passam por uma melhora em sua estrutura há 70 anos.

Um comentário:

  1. ESSA PROMOTORA NÃO TEM CAPACIDADE NEM COMPETENCIA PARA ASSUMIR O CARGO QUE OCUPA. A POPULAÇÃO DE MULUNGU DETESTA ELA.

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